Pesquisar este blog

sábado, 28 de janeiro de 2012


O ESPÍRITO ESTÁ PRONTO, MAS A CARNE É FRACA

Chegou  Jesus com seus apóstolos a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos:Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. E lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e os advertiu dizendo: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca(Mateus 26.36-41).
Recentemente presenciamos um famoso pregador, esses que fazem a mídia pelos veículos de comunicação, o qual interpretou este texto, como se Jesus tivesse deixado uma lacuna na palavra para relevar o pecado. Quando a palavra é interpretada pela letra o resultado é confuso, veja que esse pregador acabou induzindo os seus seguidores a caminhar no erro.
            Como também, por causa dessa exortação do Senhor Jesus aos seus discípulos, muitos irmãos usam esse texto na tentativa de se justificarem da falha, alegando ter caído no pecado porque a carne é fraca.
Mas é importante observar, em que condições Jesus declarou que a carne é fraca? Porque na ocasião, não foi uma advertência aos seus para se desviarem do pecado, mas para que permanecessem em constante vigília e oração, para fortalecimento espiritual, pois havia chegado a hora do Senhor, e a expectativa  era de angústia e dor.
E os seus discípulos estavam cansados, exaustos, debilitados fisicamente, por isso Jesus os encorajou dizendo que o espírito está sempre pronto, mas a carne é fraca. A carne é fraca, dado a sua fragilidade, vulnerável, de pouca resistência e durabilidade. A carne é tendenciosa ao conforto e voltada para as coisas materiais. Mas de forma alguma a exortação do Senhor é uma justificativa para avalizar a prática do pecado.  
Disse Jesus: O Espírito Santo convencerá o mundo do pecado, ele vos guiará em toda a verdade (João 16.8,13).
Então, se vencido pelo pecado, a fraqueza não está na carne, mas no espírito do homem, que ainda não recebeu o dom do Espírito Santo do Senhor para arrependimento dos pecados e conversão para a salvação da vida eterna. Porque se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados (Hebreus 10.38)
Em Getsêmani, foi o momento mais difícil da vida de Jesus na face da terra. Era chegado a sua hora, Ele próprio sentiu a fraqueza da carne na sua natureza humana, porque era homem de dores, mas venceu o pecado, crucificando a sua carne na cruz em sacrifício vivo, para remir o homem do pecado e da morte.
No capítulo 6 da carta aos Romanos, a palavra relata o sacrifício de Jesus na sua carne para nos livrar da morte pelo pecado, e nos faz conhecer a sua maravilhosa graça, meditemos:
Romanos 6.11-13 diz: Considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
E no capitulo 7 de Romanos, a palavra revela a luta do nosso espírito contra a carne, porque o espírito do homem anseia alcançar a glória do Senhor, mas a carne é voltada para o pecado, e nisso há um conflito constante, vejamos:
Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados,  operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço.   De maneira que, agora, já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.  Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário