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sábado, 28 de janeiro de 2012


PODEIS VÓS CENSURAR OS MANDAMENTOS DO SENHOR?

  No Evangelho de Marcos 12.24, respondendo, Jesus aos que eram da religião dos saduceus, disse-lhes: Porventura, não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?
            E ainda hoje, muitos, por não conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus, continuam a censurar e colocar dúvidas na legitimidade das doutrinas do Senhor Jesus, o qual afirmou de forma decisiva: Um Novo Mandamento vos dou (João 13.34).
            E a incredulidade vem por parte de algumas pessoas sem entendimento espiritual ou quando a Palavra reprova os interesses particulares de alguém: Vamos exemplificar: Em Marcos 16.15, Jesus ordenou aos seus discípulos à pregar o Evangelho, porque a salvação virá pela doutrina do Novo Testamento (I Coríntios 15.1 e 2). No entanto, o versículo mais pregado nos púlpitos é Malaquias 3.10. E ao anunciarmos que o dízimo é abolido na graça, os interessados se apóiam no Antigo Testamento, exumam a lei que Cristo suprimiu na cruz, tentando justificar-se.
            Outra doutrina que tem incomodado a muitos e principalmente as irmãs, trata-se da citação bíblica que ordena às mulheres permanecerem caladas nas igrejas e serem submissas aos maridos (I Coríntios 14.34 e 35; I Timóteo 2.11 e 12; Efésios 5:22 e 5.23). Mas muitas irmãs ignoram a Palavra, e exercem ministérios semelhantes aos homens. Alguns não temem em afirmar que o apóstolo Paulo discriminou a mulher, como se as cartas às igrejas, fossem opinião pessoal do apóstolo.
            Mas precisamos entender que o conteúdo bíblico, não é uma opinião particular de Paulo, de Pedro ou de quem quer que seja. Toda palavra  divinamente inspirada,  fora escrita segundo a vontade de Deus. Meditem:
            A segunda carta de Pedro 1.20 e 21, descreve que: Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
            O que está legitimamente ratificado em II Timóteo 3.16 e 17, onde diz:  Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
            E Atos 1.1, 8, narra que Jesus ensinou os seus discípulos até ao dia em que foi recebido no Alto,depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera. E disse-lhes:Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas. Promessa cumprida no dia de Pentecostes (Atos cap. 2), para doutrinar a igreja e capacitar espiritualmente os escolhidos do Senhor, para realização da maior e mais completa obra de evangelização já realizada na terra.
            Portanto, as doutrinas do Novo Testamento são mandamentos do Senhor Jesus  através do Espírito Santo, e se alguém as censurar ou rejeitar, certamente não estará contestando a palavra dos escritores e sim a Palavra do Senhor Jesus, inspirada pelo seu Santo Espírito, porque no livro de João 14.26,Ele disse: Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
            Sabemos que a Palavra do Senhor não volta para si vazia, para tanto, o Evangelho de Cristo, assim como as demais escrituras, foram editados décadas após a sua ascensão ao Trono de Glória do Pai, e o que confirma a inspiração da Palavra é a coesão no conteúdo dos livros, pois, não há uma só contradição na compilação dos autores do Novo Testamento, porque toda Palavra fora divinamente inspirada pelo mesmo Espírito Santo de Deus.         
            Observe que no Evangelho de João 6.63 “c” e 64 “a”, Disse Jesus: As palavras que eu vos tenho dito são Espírito e Vida. Mas há alguns de vós que não crêem. Em concordância com a Palavra de Jesus, conclui-se que, se alguém ignorar ou desprezar as doutrina do Novo Testamento, é porque não crê, não só no que escreveram os enviados de Jesus, mas no próprio Jesus, porque as suas palavras são Espírito e Vida, isto é, a palavra viva, movidapelo Espírito Santo, pelo qual Cristo realiza, curas milagres e maravilhas. 
            Não poderíamos deixar de citar também o testemunho de Paulo, descrito no capítulo 1 da carta aos Gálatas, onde descreveu:
            Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos), e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da GaláciaAdmira-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo.
            Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Porque persuado eu agora a homens ou a Deus?   Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
            No texto acima (Atos 1.1, 8), conhecemos que o Senhor Jesus ensinava os Apóstolos que escolhera até o dia que foi recebido à destra do Pai, o qual enviou o seu Espírito Santo sobre eles para que fossem fieis testemunhas, e expandissem as suas obras.
            Porém, o Apóstolo Paulo não recebeu o conhecimento pessoal do Senhor Jesus, porque o seu chamado (Atos 9), deu-se após a ascensão do Filho ao Trono de Glórias do Pai.  E, assim como o Senhor Jesus passou três dias nas partes mais baixas da terra, Paulo também esteve três dias, sem ver, e não comeu, nem bebeu.
            E tendo ele recebido a oração de Ananias para que tornasse a ver, foi batizado. E a Palavra afirma que Saulo passou alguns dias com os discípulos que estavam em Macedônia, e logo, nas sinagogas pregava a Jesus, o Cristo, Filho de Deus. Resumindo, Paulo, recebeu a conversão, foi batizado, ungido pelo Espírito Santo do Senhor, e imediatamente, de perseguidor da igreja de Cristo, passou a pregar o Cristo de Deus. E se Paulo fala por Ele mesmo, onde adquiriu tanta sabedoria e unção para a maravilhosa obra que realizou?
            Não estamos fazendo apologia ao irmão Paulo, porque seria insensatez de nossa parte, mas alertando aos amados em Cristo para que não julguem e nem desprezem as doutrinas por ele escritas, porque são verdadeiramente mandamentos do Senhor. Como ele mesmo afirmou que não recebeu ensinamento de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.

    MANDAMENTOS PARA TODAS AS IGREJAS
            Outro tópico que precisamos elucidar, trata-se da repreensão que Paulo fazia às igrejas, principalmente às de Corintos, por cartas. Exemplos:
            I Coríntios 11.14 e 15: É desonra para o varão ter cabelo crescido, mas ter  a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.  
            E na primeira carta de Pedro 3.1-5 diz: Vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.
            Semelhantemente, em I Timóteo 2.9 e 10 descreve: Do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.
            Meus irmãos, é isso que vemos hoje nas igrejas? Os homens e mulheres que servem a Deus trazem no corpo o perfil estabelecido na doutrina de Cristo?   
            E se não apresentam a aparência descrita na Palavra, há algo errado. Aliás, muitos são os desafios e fiascos às doutrinas e mandamentos do Senhor. E porque a igreja está errando? Porque não conhece a doutrina e nem o poder de Deus, ou está errando voluntariamente para seguir a avareza, o modernismo e as coisas mundanas?
            Mas o comprometimento da igreja não se resume apenas nos detalhes referente à conduta dos servos, acima citada. Muitos dos que dizem servir a Deus se envolvem em escândalos constantemente, e o resultado é danoso a obra de Deus.  A  noiva de Cristo está irreconhecível. Por isso Ele disse:Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens (Mateus 15:8 e 9).
            Jesus abominou o comércio no templo e hoje, isso é uma prática comum nos meios evangélicos, os dons espirituais são negociados escandalosamente. E onde está a ordenança para as campanhas, para as danças com exibições coreográficas, a prática do teatro, competições, acampamentos em finais de semana, e tantas outras atividades que fogem totalmente da palavra de Deus?
            E a palavra alerta sobre tudo isso, em Apocalipse 22.18 e 19, disse Jesus: Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livroEse alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.
            Gostaríamos também de lembrá-los, que em Tiago 2.10, está escrito: Qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
            E I Coríntios 7.17, descreve: Cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um, como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas.
 Irmãos, é conveniente  não tentar torcer a palavra do Senhor Jesus alegando que certas doutrinas eram para essa ou para aquela igreja. Qual a doutrina para aos judeus, e qual a doutrina para a igreja futura? A ordenança é para todas as igrejas. É importante recordar que o Senhor Jesus não veio a ensinar os judeus a viverem bem a velha aliança, portanto, a doutrina do Novo Testamento está atualizadíssima e convém adotá-la.
E, assim recomendamos, porque é comum o pregador falsificar a palavra de Deus, e alegar que certas doutrinas eram direcionadas aos povos da época, ou para as igrejas designadas em cartas. E nisso, vem a exortação do Senhor, descrita em I Coríntios 14.37, onde diz: Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.

      O ÓSCULO SANTO E O LAVA-PÉS
            Se perguntarmos aos dirigentes das congregações o porquê não saudam com Ósculo Santo a resposta será unânime: O Ósculo Santo era uma prática da tradição Judaica.
            Então lhes perguntamos: A quem foi direcionada a doutrina da saudação com Ósculo Santo do Novo Testamento? Notem:
            Romanos 16.16: Saudai-vos uns aos outros com santo ósculoAs igrejas de Cristo vos saúdam.
            I Coríntios 16.20: Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. II Coríntios 13.12: Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. I Tessalonicenses 5.26: Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
            E, em relação ao mandado do Senhor Jesus para lavar aos pés uns aos outros, porque não praticam? A resposta também será a mesma: O lava pés fazia parte da tradição Judaica. E como está citado acima, Jesus não veio ensinar os Judeus a cumprirem a lei, mas preceituou: Um Novo Mandamento vos dou.
            Amados, o que a igreja de Cristo precisa é estar atenta quanto às ordenanças do Senhor, para que não erramos por ignorarmos as sãs doutrinas do Novo Mandamento, mas precisamos sim, de sabedoria como nos exemplificaram os nossos irmãos de Beréia, descrito em Atos 17.11 e 12, onde foi relatado: Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavraexaminando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
            Os nossos irmãos de Beréia, fizeram exatamente o que o Senhor Jesus recomendou em João 5.39, quando disse: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.
            E a Palavra no livro de Atos 3.22 e 23, narra a profecia de Moisés referindo-se a Jesus, o qual afirmou: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos, um profeta semelhante a mim; a Ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo.
            E a Palavra do Senhor Jesus e a os mandamentos conforme a sua vontade, estão descritos no Novo Testamento, por isso Ele manda anunciar o Evangelho (Marcos 16.15). Então amados, é oportuno ouvir a voz do Senhor Jesus (Apocalipse 3.20), não apenas nos princípios que nos interessa, mas como disse Moises: Em tudo quando Ele vos disser para que não sejamos semelhantes às virgens loucas, as quais não prepararam o azeite para as suas lâmpadas e ficaram fora das bodas com o noivo (Mateus cap. 25).  
            É indispensável que sejamos vigilantes, guardando a Palavra para que na vinda do Senhor Jesus, para julgar os vivos e os mortos, Ele venha nos reconhecer como servos fieis e prudentes dando sustento ao tempo, porque Ele mesmo afirmou: Bem-aventurado aquele servo, que quando o Senhor vier achá-lo servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens (Mateus 24.45-51).  E aquele que não se prepara para a vinda de Cristo, a fé é vã.  

JACÓ E SUA FAMÍLIA MUDAM PARA O EGITO
Assim como Deus falou a José, esposo de Maria para que não temesse recebê-la por estar grávida, porque o que estava nela era gerado do Espírito Santo (Mateus 1.18-25) falou o Senhor também a Jacó, em sonhos, para não temer em descer ao Egito. Então tomou seu gado e tudo que possuía, e todos os seus descendentes, e estabeleceram residência na cidade de Gozen no Egito, e todas as almas que vieram eram sessenta e seis.   Israel viveu no Egito dezessete anos e morreu naquela terra aos 147 anos.
Sendo pois José falecido aos cento e dez anos, toda aquela geração, aumentou muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito que não conhecera a José, o qual passou a se preocupar com os filhos de Israel, temendo que em caso de guerra, esses ajuntassem aos inimigos e tomassem a terra, porque eram mais poderosos do que os egípcios.  E puseram sobre eles tributos pesados, para os afligirem com suas cargas, no que passaram a condição de escravos no Egito por quatrocentos e trinta anos.
No o versículo 20 do capítulo 47 de Gênesis, conta que José comprou toda terra do Egito para faraó, porque os egípcios venderam a cada um o seu campo, porquanto a fome era drástica e Faraó teve domínio sobre toda terra do Egito.
Porem, o livro de Apocalipse 5.9, revelado a João, descreve que Jesus foi morto, e com o seu sangue, comprou para Deus, homens de todas as tribos, e línguas e povos e nações.
José libertou o seu povo da morte física pela fome que abrangeu a terra, mas depois acabaram se tornando-se escravos no Egito, todavia a palavra do Senhor Jesus afirma: Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará, e se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João 8.32, 36)
Por isso, buscamos a libertação no Senhor Jesus, porque não há elemento bíblico para se buscar a libertação através da lei, como muitos pregadores têm anunciado, usando Malaquias 3.10, mas, para que não tornemos à escravidão, firmemo-nos na Verdade (João 14.6), e verdadeiramente somos livres por aquele que nos amou e se entregou a si mesmo pelas nossas transgressões, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
José morreu e os seus ossos foram levados a Siquen, no jazigo junto aos seus pais na terra de Canaã, Jesus Cristo também morreu, mas ressuscitou, foi elevado aos Céus, está sentado à destra do Pai, e brevemente  voltará com poder e grande glória, e arrebatará a sua igreja, e a levará para a cidade santa, a Nova Jerusalém, um lugar onde não haverá mais morte, nem prato, nem dor, nem clamor, porque as primeiras coisas já se passaram. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.
Deus seja eternamente louvado, e o seu Filho Glorificado.

JOSÉ RECEBE OS SEUS IRMÃOS NO EGITO
Os sete anos das vacas gordas passaram, e como os demais governantes não tiveram a mesma sorte que Faraó pelas revelações e sabedoria de José, as outras nações não tiveram uma provisão para os dias futuros, vieram então os sete anos de esterilidade sobre a terra, a fome era gravíssima (Gen. Cap. 41,42), porque a seca assolava toda terra. Mas o Egito, sendo governado por José, possuía armazenagem de grãos em abundância, e tornou-se provedor das nações porque a terra nada mais produzia. E, ouvindo Jacó que havia abundância de alimento no Egito, mandou os seus filhos, exceto Benjamim (irmão mais novo de José) buscar trigo para suprir a fome do seu povo.
Ao apresentarem-se a José, Governador daquela terra, os seus irmãos não o reconheceram, inclinaram-se a ele com a face em terra, e vendo José os seus irmãos, conheceu-os, porém mostrou-se estranho para eles, então José lembrou-se do seu sonho (Gen. 37.6,7).
E como não trouxeram a Benjamim, José falou com os seus irmãos asperamente e os acusou de espiões, e exigiu que um deles permanecesse  como penhor, enquanto os outros levassem o mantimento para os seus familiares e retornassem a terra do Egito com Benjamim, do qual sentia muita falta. Lembraram-se então os irmãos de José com amargura na alma quando o venderam, porem, sem saber que estavam diante dele, porque não o conheceram. E eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles. José retirou-se e chorou amargamente.
Então, José ordenou que enchessem os seus sacos de trigo, e lhes restituíssem o seu dinheiro, a cada um no seu saco, e lhes dessem comida para o caminho, e fizeram-lhes assim.
E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e contaram-lhe tudo o que lhes havia acontecido, porem, Jacó, recusou conceder permissão para Benjamim ir com os irmãos ao Egito, temendo que pudesse acontecer com ele uma tragédia, mas acaba a comida e agravada a seca e a fome, voltaram novamente os irmãos de José levando consigo a Benjamim, o qual era o único irmão legítimo de José, visto que os demais eram irmãos somente por parte de pai.
Jacó lhes ordenou que levassem dinheiro em dobro para pagamento dos grãos, porque na primeira aquisição, José houvera determinado que restituísse na boca do saco, a quantia que cada um havia levado, sem que soubessem.
Israel mandou também presentes para o governador (José), do que havia de mais precioso na terra de Canaã, bálsamo, mel, especiarias e mirras, similar ao ato dos reis magos na ocasião do nascimento de Jesus, os quais levaram presentes e especiarias, e achando o menino com Maria, sua mãe, O adoraram.
E o capítulo 45 do livro de Gênesis, apresenta um quadro dramático na vida de José quando ele se deu a conhecer os seus irmãos, ocasião em que retornaram ao Egito todos os filhos de Israel (Jacó) para comprar grãos, acompanhados de Benjamim à presença do então governador do Egito, sem que soubessem que se tratava do próprio irmão, os quais o haviam vendido como escravo aos ismaelitas, havia 22 anos.
José impôs a presença de Benjamim porque era o irmão que mais amava, e esse não havia participado na sua comercialização, e o seu intento era revelar a sua verdadeira identidade na presença de todos os irmãos.
Vamos enumerar os versículos do capítulo 45 de Gênesis, para destacar a aparente semelhança da obra de José, feita em figura, com a grandeza vultuosa do ministério do Senhor Jesus Cristo.
1 - Quando José se deparou com a comitiva formada pelos seus irmãos, não podia se conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo varão; e ninguém ficou com ele quando José se deu a conhecer a seus irmãos.
2 - E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
3 - E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face.
4 - E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 - Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
6 - Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega.
7 - Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
8 - Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.
9 - Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim e não te demores.
10 - E habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.
11 - E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu, e tua casa, e tudo o que tens.
12 - E eis que vossos olhos vêem, e os olhos de meu irmão Benjamim, que é minha boca que vos fala.
13 - E fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito e tudo o que tendes visto; e apressai-vos a fazer descer meu pai para cá.
14 - E lançou-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao seu pescoço.
Observem neste capítulo 45 Gênesis, a semelhança “figurada” do diálogo de José com os seus irmãos, e a esplêndida obra realizada por Jesus Cristo:
Versículos 2, 14 e 15, relatam que quando José se deparou com os seus irmãos, não podia se conter porque foi tomado por uma forte emoção e chorou abundantemente. Chorou porque viu a sua geração numa situação crítica e em grande dificuldade, vivendo numa terra árida, e assolados pela fome. E quando o viram, não o reconheceram, não só como irmão, mas principalmente como enviado de Deus para libertá-los daquele tormento. 
Aparência constante no Evangelho de Lucas capítulo 19, ocasião da entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, quando ia chegando, vendo Jesus a cidade, chorou sobre ela. Jesus chorou copiosamente, pelo seu infinito amor ao homem que estava morto no na maldição do pecado, e vendo a multidão, não O receberam como enviado do Pai para salvar o homem do pecado e da morte. Chorou porque honravam-no  com os lábios, mas o coração estava distante, em vão o adoravam.
3 – E quando José contou aos seus irmãos, que ele era aquele, o qual eles haviam vendido como escravo, tal foi a surpresa entre eles que ficaram pasmados, atônitos, diante da sua face. Assim também, pasmaram os discípulos de Cristo, quando Ele revelou a sua grandeza e santidade, transfigurando-se diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e não sabiam o que dizer à respeito da aparição de Moisés e Elias (Lucas 9.28-36).
4 - José disse aos seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim (para que fossem aliviados). Semelhantemente disse Jesus aos seus discípulos: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus 11.28).
5 – Disse José: Não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá. Porem, estando Jesus crucificado, disse: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem(Lucas 23.34). 
6 – José alertava os seus irmãos: Já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. Mas Jesus afirmou aos seus dizendo-lhesEu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome e quem crê em mim, nunca terá sede (Lucas 23.34).
7 – José falou aos seus: Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Jesus disse: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16).
8 – Disse José aos seus irmãos: Não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus. Porem, Jesus disse aos seus discípulosNão me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
9 – José acautelou aos seu irmãos: Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim e não te demores. Jesus, falou-lhes, dizendo: Tudo por meu Pai me foi entregue (Lucas 10.22).
10, 11 - José deu a certeza da libertação da fome ao seu povo dizendo: - E habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens. E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu, e tua casa, e tudo o que tens.
Porem Jesus nos dá a certeza que voltará para buscar os seus, dizendo: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas, e vou preparar-vos lugar. E, quando eu for, virei outra vez e vos levarei para mimmesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (João 14.1-3).
E no versículo 24, a palavra conta que os irmãos de José subiram ao Egito e vieram a Canaã, a Jacó, seu pai. Então lhes anunciaram dizendo: José ainda vive (Gálatas 2.20), e o seu coração desmaiou porque não acreditava.
Então lhe contaram tudo, e disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que eu morra. E no versículo 30 do capítulo 46 de Gênesis, diz que quando Israel encontrou o seu filho José, havia mais de vinte anos, ele disse: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.
Aparente semelhança consta no livro de Lucas 2.25-31, onde a palavra conta que havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão, e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.
E pelo Espírito foi ao templo, e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para com ele procederem segundo o uso da lei, ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:
Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparastes perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para a glória de teu povo Israel.
Para Jacó, José teve morte e ressurreição simbólica, para conservação da vida material. Entretanto, Jesus Cristo foi crucificado entre os pecadores, morreu, esteve três dias no seio da terra, e ressuscitou, foi elevado ao Trono de Glórias do Pai, está sentado à destra da sua justiça, e pelos pecadores intercede.   

FARAÓ NOMEIA JOSÉ A GOVERNADOR DO EGITO
             O capítulo 41 do livro de Gênesis relata que Faraó teve um sonho e ninguém na terra podia interpretá-lo, e tirando José do cárcere, pois teve informações pelos seus servos sobre a sabedoria espiritual desse, Faraó obteve as revelações verdadeiras das suas visões em sonhos, pois havia de acontecer sete anos de prosperidade material e abundância de alimentos sobre a terra, e o discernimento para armazenar grãos para tornar-se o celeiro do mundo. Faraó do Egito foi o único privilegiado, pois estava diante de um homem ungido de Deus, e pela sua boca, foi revelado que depois dos sete anos de abundância, os próximos sete anos seriam de seca intensa e toda terra permaneceria estéril sem nada produzir, e certamente a fome viria a prevalecer sobre toda humanidade.
E Faraó alegrou-se muito com essa revelação a tal ponto que surpreendeu os seus súditos, dizendo: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus? E outorgou a José, poderes para governar o Egito.
Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.
E Faraó ainda falou a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.  E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim, o pôs sobre toda a terra do Egito.
E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
            E disse mais Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.   E José era da idade de trinta anos quando esteve diante da face de Faraó, rei do Egito. E saiu José da face de Faraó e passou por toda a terra do Egito.
            Faraó reconheceu que em José havia o Espírito de Deus, Jesus foi gerado pelo próprioEspírito Santo de Deus (Lucas 1.26-35)
            A palavra relata também que Faraó tirou o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de linho fino. O anel, na antiguidade, simbolizava um pacto, uma aliança da qual José foi exaltado diante da maior autoridade de um país, porem, o Evangelho de Mateus 3.16,17, descreve que sendo Jesus batizado, saiu da água, e os Céus se abriram, e o Espírito de Deus desceu na forma de uma pomba sobre Ele. Sendo ungido pelo Pai, por uma melhor e mais sublime graça, o Senhor o exaltou dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Verdadeiramente Deus manifestou o que lhe era agradável, e a sua vontade pelo sacrifício do seu Filho.
Faraó colocou José sobre toda terra do Egito, somente no seu trono ele era maior, porém, o Evangelho de Mateus 28.18, narra que aproximando-se Jesus dos seus discípulos, lhes disse: É me dado todo o poder no céu e na terra.  Porque todas as coisas se sujeitaram debaixo de seus pés. Mas, quando diz todas as coisas lhe estão sujeitas, claro que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas (I Coríntios 15.27), figurado no reinado do Egito, onde somente Faraó era maior que José
O Pai exaltou a Jesus acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas a seus pés e, o constituiu como cabeça da igreja (Efésios 1.21, 22).   
Faraó ordenou que no território egípcio todos se ajoelhassem diante de José, e que ninguém se dirigisse a ele sem que passasse pela autoridade de José, no entanto, o Senhor Deus exaltou o seu Filho soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus.
E como ninguém chegava a Faraó sem passar por José, assim também, Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2.5).
Ao iniciar a grande obra no reino do Egito, José era da idade de trinta anos, Jesus também iniciou o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23).
José governou o Egito por décadas (oitenta anos), mas ao Filho de Deus foi lhe dito: Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, ereinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim (Lucas 1.32, 33).
A palavra conta que saiu José da face de Faraó e passou por toda a terra do Egito, Jesus percorreu a Judéia e todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo (Mateus 9.35).
Gênesis 39.23, refere que mesmo na prisão, José prosperava em tudo quanto fazia, porque Deus era com Ele. Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com virtude, o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele (Atos 1038). Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem (João 21.25).