ALEGORIA DE JOSÉ DO EGITO, EM SEMELHANÇA A JESUS CRISTO
A palavra de Deus, na carta aos Hebreus 10.1, relata que os episódios do Antigo Testamento serviram como alegorias para o Novo Testamento, isto é, sombra dos acontecimentos futuros, comparações figuradas do que havia de vir.
ALEGORIA: Exposição de um pensamento sob forma figurada. Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra.
É óbvio que não há nada e nem obra alguma de mãos humana semelhante ou que se possa comparar a magnitude e grandeza da obra realizada por Jesus Cristo e o seu triunfo na cruz, mas vislumbramos os acontecimentos com José, filho de Jacó, figurando como sombra da mais perfeita obra já realizada sobre a terra, pelo sacrifício do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Vamos conhecer José, o qual ficou conhecido nos meios evangélicos por José do Egito, pelo cumprimento da sua obra naquela terra.
José (Deus acrescenta), filho de Jacó e Raquel (Gênesis 30.22-24), era o penúltimo dos doze filhos de Israel, e também o mais amado pelo seu pai, porque era filho da sua velhice. Aos dezessete anos, José tinha revelações em sonhos sobre os acontecimentos futuros, destacava-se entre os seus irmãos, e por isso era perseguido e invejado por eles, pois presumiam que José poderia liderar sobre eles.
Conspiraram para matá-lo, mas pela interferência de Ruben, o primogênito de Jacó, o fato não se consumou, mas acabaram por vendê-lo como escravo aos mercadores midianitas, e esses o venderam no Egito a Potifar, eunuco de Faraó, capitão comandante da guarda do palácio real. E Potifar entregou nas mãos de José, tudo o que possuía, e o Senhor abençoava abundantemente a casa de Potifar pelas mãos de José, e tudo o que ele fazia prosperava porque Deus era com ele.
José era formoso de parecer e de vista, e aconteceu que a mulher de seu senhor queria deitar-se com ele, porem, José recusou, porque era temente a Deus. Em outra tentativa, a mulher o segurou, e vendo ela que José deixara as vestes em suas mãos, para se esquivar e fugir, chamou os guardas de sua casa, e acusou a José de tentar deitar-se com ela. E ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, o encerrou no cárcere, onde permaneceu por dois anos.
E na prisão, o carcereiro-mor entregou nas mãos de José a administração e o pôs sobre todas as coisas, e José prosperava em tudo quanto fazia, porque o Senhor era com ele. Interpretou sonhos de aprisionados, e por isso foi tirado do cárcere para interpretar o sonho de rei, e pela sua sabedoria espiritual, foi nomeado por Faraó governador do Egito. Libertou da fome os seus familiares trazendo-os para morar em Gozen no Egito. José morreu com 110 anos, e seus ossos foram levados a Siquen, no jazigo junto aos seus pais na terra de Canaã.
Jesus sendo resplendor da sua glória, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, o seu corpo não permaneceu no sepulcro, porque o Pai Celestial O ressuscitou, foi elevado ao Céu, assentou-se à destra da Majestade nas alturas (Hebreus 1.3), e pelos pecadores intercede.
O capítulo 37 de Gênesis, relata que Israel (Jacó) amava a José mais do que todos os seus filhos porque era filho da sua velhice, e, vendo pois seus irmãos que o seu pai o amava mais do que a todos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
Porem, Jesus Cristo, a quem Deus O constituiu herdeiro de tudo, feito tanto mais excelente do que os anjos, por isso, O ungiu com óleo de alegria, mais do que aos seus companheiros, pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é acima de todos os nomes.
José tinha sonhos e revelações, e a certeza que havia um propósito de Deus na sua vida, e o seu pai guardava esse negócio no coração. Mas os seus irmãos, movidos pela inveja, conspiraram contra ele para o matarem, mas foram impelidos por Ruben, o irmão mais velho. Porem, articulou Judá para que o vendessem aos mercadores midianitas por vinte moedas de prata, os quais, levaram a José para o Egito.
Semelhantemente, os escribas e fariseus, perturbados pela inveja, conspiraram contra Jesus para o matarem, o qual fora vendido por trinta moedas de prata, preço avaliado por certos filhos de Israel (Mateus 26.15).
Os irmãos de José tomaram a túnica de várias cores que Jacó havia feito para ele, mataram um cabrito, tingiram-na com sangue, e a enviaram a seu pai, o qual reconhecendo as vestes de seu filho, chorou abundantemente, e lamentou por muitos dias, julgando que o mancebo havia sido despedaçado por uma fera do campo.
E, havendo os judeus crucificado a Jesus, repartiram as suas vestes, lançando sorte entre si, sobre a sua túnica.
Assim como Israel (Jacó) amava mais a José do que os outros filhos, concernentemente, a palavra relata que Deus exaltou a Jesus acima de todos os anjos.
E como conspiraram contra José, também traíram a Jesus para o matarem (Mateus 27). Sendo inocente, José foi vendido por vinte moedas de prata e teve uma morte simbólica para conservação da vida material, porque depois dos sete anos de fartura, houveram também sete anos de miséria, e a fome iria consumir os habitantes da terra. Mas o Senhor concedeu a José, sabedoria para conservação da vida material do seu povo.
Jesus nunca conheceu pecado, foi entregue por trinta moedas de prata, sendo crucificado, derramou o seu sangue em sacrifício vivo para salvação da vida eterna, para os que crêem no seu nome.
A palavra cita que José era formoso de parecer, e de vista (Gen. 39.6), quanto a aparência física de Jesus, a palavra diz: Como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos (Isaias 53.2).
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