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sábado, 28 de janeiro de 2012


JOSÉ RECEBE OS SEUS IRMÃOS NO EGITO
Os sete anos das vacas gordas passaram, e como os demais governantes não tiveram a mesma sorte que Faraó pelas revelações e sabedoria de José, as outras nações não tiveram uma provisão para os dias futuros, vieram então os sete anos de esterilidade sobre a terra, a fome era gravíssima (Gen. Cap. 41,42), porque a seca assolava toda terra. Mas o Egito, sendo governado por José, possuía armazenagem de grãos em abundância, e tornou-se provedor das nações porque a terra nada mais produzia. E, ouvindo Jacó que havia abundância de alimento no Egito, mandou os seus filhos, exceto Benjamim (irmão mais novo de José) buscar trigo para suprir a fome do seu povo.
Ao apresentarem-se a José, Governador daquela terra, os seus irmãos não o reconheceram, inclinaram-se a ele com a face em terra, e vendo José os seus irmãos, conheceu-os, porém mostrou-se estranho para eles, então José lembrou-se do seu sonho (Gen. 37.6,7).
E como não trouxeram a Benjamim, José falou com os seus irmãos asperamente e os acusou de espiões, e exigiu que um deles permanecesse  como penhor, enquanto os outros levassem o mantimento para os seus familiares e retornassem a terra do Egito com Benjamim, do qual sentia muita falta. Lembraram-se então os irmãos de José com amargura na alma quando o venderam, porem, sem saber que estavam diante dele, porque não o conheceram. E eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles. José retirou-se e chorou amargamente.
Então, José ordenou que enchessem os seus sacos de trigo, e lhes restituíssem o seu dinheiro, a cada um no seu saco, e lhes dessem comida para o caminho, e fizeram-lhes assim.
E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e contaram-lhe tudo o que lhes havia acontecido, porem, Jacó, recusou conceder permissão para Benjamim ir com os irmãos ao Egito, temendo que pudesse acontecer com ele uma tragédia, mas acaba a comida e agravada a seca e a fome, voltaram novamente os irmãos de José levando consigo a Benjamim, o qual era o único irmão legítimo de José, visto que os demais eram irmãos somente por parte de pai.
Jacó lhes ordenou que levassem dinheiro em dobro para pagamento dos grãos, porque na primeira aquisição, José houvera determinado que restituísse na boca do saco, a quantia que cada um havia levado, sem que soubessem.
Israel mandou também presentes para o governador (José), do que havia de mais precioso na terra de Canaã, bálsamo, mel, especiarias e mirras, similar ao ato dos reis magos na ocasião do nascimento de Jesus, os quais levaram presentes e especiarias, e achando o menino com Maria, sua mãe, O adoraram.
E o capítulo 45 do livro de Gênesis, apresenta um quadro dramático na vida de José quando ele se deu a conhecer os seus irmãos, ocasião em que retornaram ao Egito todos os filhos de Israel (Jacó) para comprar grãos, acompanhados de Benjamim à presença do então governador do Egito, sem que soubessem que se tratava do próprio irmão, os quais o haviam vendido como escravo aos ismaelitas, havia 22 anos.
José impôs a presença de Benjamim porque era o irmão que mais amava, e esse não havia participado na sua comercialização, e o seu intento era revelar a sua verdadeira identidade na presença de todos os irmãos.
Vamos enumerar os versículos do capítulo 45 de Gênesis, para destacar a aparente semelhança da obra de José, feita em figura, com a grandeza vultuosa do ministério do Senhor Jesus Cristo.
1 - Quando José se deparou com a comitiva formada pelos seus irmãos, não podia se conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo varão; e ninguém ficou com ele quando José se deu a conhecer a seus irmãos.
2 - E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
3 - E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face.
4 - E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 - Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
6 - Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega.
7 - Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
8 - Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.
9 - Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim e não te demores.
10 - E habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.
11 - E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu, e tua casa, e tudo o que tens.
12 - E eis que vossos olhos vêem, e os olhos de meu irmão Benjamim, que é minha boca que vos fala.
13 - E fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito e tudo o que tendes visto; e apressai-vos a fazer descer meu pai para cá.
14 - E lançou-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao seu pescoço.
Observem neste capítulo 45 Gênesis, a semelhança “figurada” do diálogo de José com os seus irmãos, e a esplêndida obra realizada por Jesus Cristo:
Versículos 2, 14 e 15, relatam que quando José se deparou com os seus irmãos, não podia se conter porque foi tomado por uma forte emoção e chorou abundantemente. Chorou porque viu a sua geração numa situação crítica e em grande dificuldade, vivendo numa terra árida, e assolados pela fome. E quando o viram, não o reconheceram, não só como irmão, mas principalmente como enviado de Deus para libertá-los daquele tormento. 
Aparência constante no Evangelho de Lucas capítulo 19, ocasião da entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, quando ia chegando, vendo Jesus a cidade, chorou sobre ela. Jesus chorou copiosamente, pelo seu infinito amor ao homem que estava morto no na maldição do pecado, e vendo a multidão, não O receberam como enviado do Pai para salvar o homem do pecado e da morte. Chorou porque honravam-no  com os lábios, mas o coração estava distante, em vão o adoravam.
3 – E quando José contou aos seus irmãos, que ele era aquele, o qual eles haviam vendido como escravo, tal foi a surpresa entre eles que ficaram pasmados, atônitos, diante da sua face. Assim também, pasmaram os discípulos de Cristo, quando Ele revelou a sua grandeza e santidade, transfigurando-se diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e não sabiam o que dizer à respeito da aparição de Moisés e Elias (Lucas 9.28-36).
4 - José disse aos seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim (para que fossem aliviados). Semelhantemente disse Jesus aos seus discípulos: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus 11.28).
5 – Disse José: Não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá. Porem, estando Jesus crucificado, disse: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem(Lucas 23.34). 
6 – José alertava os seus irmãos: Já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. Mas Jesus afirmou aos seus dizendo-lhesEu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome e quem crê em mim, nunca terá sede (Lucas 23.34).
7 – José falou aos seus: Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Jesus disse: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16).
8 – Disse José aos seus irmãos: Não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus. Porem, Jesus disse aos seus discípulosNão me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
9 – José acautelou aos seu irmãos: Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim e não te demores. Jesus, falou-lhes, dizendo: Tudo por meu Pai me foi entregue (Lucas 10.22).
10, 11 - José deu a certeza da libertação da fome ao seu povo dizendo: - E habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens. E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu, e tua casa, e tudo o que tens.
Porem Jesus nos dá a certeza que voltará para buscar os seus, dizendo: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas, e vou preparar-vos lugar. E, quando eu for, virei outra vez e vos levarei para mimmesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (João 14.1-3).
E no versículo 24, a palavra conta que os irmãos de José subiram ao Egito e vieram a Canaã, a Jacó, seu pai. Então lhes anunciaram dizendo: José ainda vive (Gálatas 2.20), e o seu coração desmaiou porque não acreditava.
Então lhe contaram tudo, e disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que eu morra. E no versículo 30 do capítulo 46 de Gênesis, diz que quando Israel encontrou o seu filho José, havia mais de vinte anos, ele disse: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.
Aparente semelhança consta no livro de Lucas 2.25-31, onde a palavra conta que havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão, e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.
E pelo Espírito foi ao templo, e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para com ele procederem segundo o uso da lei, ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:
Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparastes perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para a glória de teu povo Israel.
Para Jacó, José teve morte e ressurreição simbólica, para conservação da vida material. Entretanto, Jesus Cristo foi crucificado entre os pecadores, morreu, esteve três dias no seio da terra, e ressuscitou, foi elevado ao Trono de Glórias do Pai, está sentado à destra da sua justiça, e pelos pecadores intercede.   

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